PNL: O Xadrez da Mente

Um bom jogador de xadrez será também um bom programador em PNL? Um bom programador em PNL será por consequência um bom jogador de xadrez? Vamos entender essa relação ao longo do texto.

É comum usar a metáfora do xadrez para explicar alguns conceitos de Programação Neurolinguística (PNL).

O xadrez é, não apenas um jogo de tabuleiro, mas um esporte e requer habilidades de lógica, estratégia e tática. Da mesma forma, o programador em PNL necessita de tais habilidades. Para entender melhor essa similaridade vamos construir essa relação em cinco degraus.

  • Voo de asa aberta

O equilíbrio entre lado esquerdo e direito do cérebro é fundamental para a PNL. assim como para jogadores de xadrez. O lado direito representando a criatividade, a imaginação e o inconsciente, enquanto o lado esquerdo representa o lado racional, o cálculo, o consciente. É comum que cada um de nós tenha um dos lados mais desenvolvido que o outro, devido a nossas trajetórias de vida. Há pessoas mais criativas e pessoas mais racionais.

É preciso reconhecer a importância daquilo que nos falta e buscar desenvolver o outro lado. Assim como um pássaro precisa de igual esforço das duas asas para chegar ao seu destino com segurança e força, nós precisamos equilibrar criatividade e racionalidade para superar os obstáculos em nossos caminhos, diminuindo nossas limitações.

  • Ensaios mentais

Um jogador de xadrez que é capaz de visualizar o jogo antes dele de fato acontecer é alguém que consegue equilibrar criatividade e racionalidade. Esses ensaios são sensoriais, demonstram a capacidade do jogador de ver, ouvir e sentir, mas também são calculistas pois pressupõe saber as regras e projetar jogadas.

Todos nós podemos fazer ensaios mentais. A ansiedade, por exemplo, essa antecipação de algo que ainda não aconteceu, representa a nossa capacidade de realizar esses ensaios. O problema encontra-se quando nos tornamos reféns. Diferente do que acontece com a ansiedade, podemos fazer o bom uso dos ensaios mentais, quando o fazemos de maneira planejada e com um objetivo. Para a mente inconsciente, quando você faz uma vez isso, você é capaz de fazer novamente. Portanto, o ensaio mental representa fazer a primeira vez.

Quanto mais a mente conhece algo, menos consciência ela precisa para fazer novamente. É natural não pensar muito para dirigir um carro por exemplo, uma vez que essa habilidade já está disponível em seu inconsciente.

  • Modelos de Mundo

E fundamental para um jogador de xadrez conhecer o modelo de mundo de quem move as peças do outro lado, entender a maneira que ele enxerga o jogo e como ele age e reage. Para fazer intervenções que ajudem o outro através de uma boa comunicação, o programador em PNL precisa conhecer o modelo de mundo do interlocutor, sua maneira de ser e existir no mundo.

  • Padrões

Respostas consistentes que atuam em determinado contexto revelando uma intensidade. É o que dá um aspecto de previsibilidade. Com muito estudo, grande parte das jogadas de xadrez tornam-se previsíveis e antecipáveis. Padrões são pistas importantes para que possamos fazer nossos testes, nossos movimentos, nossas observações. São maneiras de encurtar caminhos para que se possa antecipar situações e produzir melhores resultados.

Reconhecer padrões faz que joguemos o jogo da melhor forma possível, seja no xadrez ou na vida. Compreender os padrões faz com que você se torne capaz de entender quando é a hora de avançar ou a hora de recuar.

  • Intuição

A capacidade de alcançar conclusões completas com dados incompletos. Mesmo sendo capaz de reconhecer padrões é importante saber o que fazer quando não é possível fazer previsões, afinal nem todos os cenários podem ser previstos. A consciência te ajuda a confiar nesses sinais que são inconscientes, ou seja, acreditar na sua intuição. Confie nas suas sensações viscerais.

Desenvolvendo esses cinco degraus, ou essas cinco capacidades, você se tornará não apenas um jogador de xadrez, mas um excelente jogador de xadrez. Não apenas, um programador em PNL, mas um excelente programador em PNL. Equilibrando o racional e o criativo, antecipando jogadas (ou situações), compreendo o modelo de mundo do outro e sabendo se posicionar em relação a ele, reconhecendo padrões e capturando aquilo que aquilo que é previsível, mas acima de tudo entendo como agir nas situações em que não é possível fazer previsões, você estará apto para realizar transformações e ganhar o jogo.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *